Diz-que assim até é normal que os pequeninos agricultores e as velhinhas cooperativas (palavra bem bonita) deste país estejam na miséria, e se abandonem os campos. A notícia é do esquerda.net, e a lista de que falam pode ser consultada aqui.
Países europeus divulgam quem ganha com a PAC
Desde que os países europeus são obrigados a publicar os nomes dos beneficiários dos 55 mil milhões de euros em ajudas da PAC (Política Agrícola Comum), o escândalo regressa. São as grandes multinacionais, os milionários e a nobreza latifundiária que repartem entre si a maior fatia do bolo. Em Portugal há 38 entidades que receberam mais de um milhão em 2008. Mas o maior subsídio, de 10 milhões, tem como destino uma empresa espanhola.
A Indústrias Lacteas Asturianas S.A foi o maior beneficiário das ajudas europeias à agricultura portuguesa, recebendo 10.037.520,26 euros entre 16 Outubro de 2007 e 15 de Outubro de 2008. No pódium dos subsídios ao nosso país seguem-se a Sociedade Lusitana de Destilação, de Torres Novas, com 8.347.956 euros e a Torriba de Almeirim, que recebeu 7.393.904 euros. Acima dos 5 milhões de euros estão ainda a APAVE da Azambuja e a DAI, de Coruche.
A transparência na atribuição dos subsídios europeus à agricultura foi uma luta ganha, mas nem todos estão convencidos. Por exemplo, o governo alemão resiste ainda à divulgação dos nomes dos beneficiários às contestadas ajudas à agricultura e é por isso muito criticado pela oposição. E em vários outros países, a divulgação das listas é feita de forma parcial.
Poucos são os cidadãos que não se espantam com algumas das figuras que recebem ajudas dos dinheiros públicos da União Europeia. O valor de ajudas à agricultura representa quase metade do Orçamento global da UE e o seu destino não escapou à regra dos anos anteriores, com a maior parte a ser entregue às grandes empresas da agro-indústria.
A multinacional Greencore sedeada na Irlanda está no topo da lista, com 83 milhões. Já o líder mundial da exportação da carne de aves, o grupo Doux, com sede em França, recebeu 63 milhões. França é o grande destino destas ajudas concentradas em poucas mãos, com outras seis entidades a receberem cada uma mais de 20 milhões de euros da PAC no ano passado.
Em Inglaterra, a maior parte dos subsídios foi para multinacional Czarnikow que domina o mercado do açúcar em todo o mundo. Na lista de grandes beneficiários encontram-se outras empresas de dimensão mundial no ramo alimentar, como a Nestlé e a Tate & Lyle, mas também a própria Raínha, o príncipe Carlos e muitos membros da nobreza receberam ajudas pagas pelos contribuintes da União Europeia, graças às suas quintas.
Também na Irlanda se descobriram alguns milionários a receber ajudas agrícolas. Segundo o jornal Times, um deles é o patrão da Ryanair, que curiosamente é um crítico reputado da intervenção da UE na regulação da indústria da aviação. Outro é Anthony O'Reilly, o tubarão dos media que tem o hobby da criação de gado. Outros empresários e políticos conhecidos no país também fazem parte desta lista que pode ser escrutinada por todos os cidadãos.
Desde que os países europeus são obrigados a publicar os nomes dos beneficiários dos 55 mil milhões de euros em ajudas da PAC (Política Agrícola Comum), o escândalo regressa. São as grandes multinacionais, os milionários e a nobreza latifundiária que repartem entre si a maior fatia do bolo. Em Portugal há 38 entidades que receberam mais de um milhão em 2008. Mas o maior subsídio, de 10 milhões, tem como destino uma empresa espanhola.
A Indústrias Lacteas Asturianas S.A foi o maior beneficiário das ajudas europeias à agricultura portuguesa, recebendo 10.037.520,26 euros entre 16 Outubro de 2007 e 15 de Outubro de 2008. No pódium dos subsídios ao nosso país seguem-se a Sociedade Lusitana de Destilação, de Torres Novas, com 8.347.956 euros e a Torriba de Almeirim, que recebeu 7.393.904 euros. Acima dos 5 milhões de euros estão ainda a APAVE da Azambuja e a DAI, de Coruche.
A transparência na atribuição dos subsídios europeus à agricultura foi uma luta ganha, mas nem todos estão convencidos. Por exemplo, o governo alemão resiste ainda à divulgação dos nomes dos beneficiários às contestadas ajudas à agricultura e é por isso muito criticado pela oposição. E em vários outros países, a divulgação das listas é feita de forma parcial.
Poucos são os cidadãos que não se espantam com algumas das figuras que recebem ajudas dos dinheiros públicos da União Europeia. O valor de ajudas à agricultura representa quase metade do Orçamento global da UE e o seu destino não escapou à regra dos anos anteriores, com a maior parte a ser entregue às grandes empresas da agro-indústria.
A multinacional Greencore sedeada na Irlanda está no topo da lista, com 83 milhões. Já o líder mundial da exportação da carne de aves, o grupo Doux, com sede em França, recebeu 63 milhões. França é o grande destino destas ajudas concentradas em poucas mãos, com outras seis entidades a receberem cada uma mais de 20 milhões de euros da PAC no ano passado.
Em Inglaterra, a maior parte dos subsídios foi para multinacional Czarnikow que domina o mercado do açúcar em todo o mundo. Na lista de grandes beneficiários encontram-se outras empresas de dimensão mundial no ramo alimentar, como a Nestlé e a Tate & Lyle, mas também a própria Raínha, o príncipe Carlos e muitos membros da nobreza receberam ajudas pagas pelos contribuintes da União Europeia, graças às suas quintas.
Também na Irlanda se descobriram alguns milionários a receber ajudas agrícolas. Segundo o jornal Times, um deles é o patrão da Ryanair, que curiosamente é um crítico reputado da intervenção da UE na regulação da indústria da aviação. Outro é Anthony O'Reilly, o tubarão dos media que tem o hobby da criação de gado. Outros empresários e políticos conhecidos no país também fazem parte desta lista que pode ser escrutinada por todos os cidadãos.
Sem comentários:
Enviar um comentário