quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Campanha europeia em defesa das sementes livres‏


Retirado do site do Gaia

Talvez ainda não saibas, mas desde 2008 que a Comissão Europeia está a trabalhar numa reformulação da legislação sobre a protecção das variedades vegetais. Esta legislação determina os direitos dos agricultores na reprodução, troca e comercialização das sementes, sob a égide de proteger os agricultores de sementes com baixa qualidade.

Contudo, esta lei trabalha a favor das grandes empresas de sementes e a reformulação proposta pela Comissão Europeia tende a acentuar as desigualdades no acesso ao mercado por parte dos pequenos produtores. Isto significa que, na prática, estão a ser condenadas um grande número de variedades tradicionais, locais e/ou biológicas que deixam de ter viabilidade para serem comercializadas, ao mesmo tempo que favorece a aquisição anual de sementes patenteadas por um punhado de multinacionais (que já detêm, actualmente, mais de 40% do mercado global de sementes e 100% das sementes transgénicas). Há uma perda de biodiversidade, bem como do trabalho de adaptação das variedades a várias regiões. Em resumo, esta lei pode condenar o espólio milenar das variedades agrícolas tradicionais e os seus melhoramentos, tornando-o inacessível ao agricultor ou cidadão hortelão.

É para debater e agir sobre este tema que lançamos o apelo à tua participação na 1ª REUNIÃO PREPARATÓRIA DA CAMPANHA, dia 3 de Janeiro, às18h00 no RDA 69 (Regueirão dos Anjos, 69, Lisboa - metro Anjos) (ver mapa)

Esta reunião pretende apresentar uma proposta de campanha europeia, lançada pela associação alemã Janun e.V. e que conta incluir, pelo menos, Portugal, Espanha, Hungria e Polónia. A campanha pretende acompanhar e intervir sobre o processo político (que terá, provavelmente, as decisões mais importantes ao longo de 2011), estimular um debate amplo na sociedade em torno de tópicos relacionados com sementes (património genético, biopirataria, transgénicos, etc.) e desenvolver redes internacionais para a troca de sementes e acção directa na preservação de variedades tradicionais.

O projecto conta já com algumas ideias: cultivo de hortas para preservação de variedades tradicionais em cada país, boletins mensais traduzidos em várias línguas, sessões de informação, acções e, no final do projecto, um intercâmbio internacional em Portugal, onde serão partilhadas as sementes.

contacto: sementeslivres@gaia.org.pt

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

sábado, 4 de dezembro de 2010

Couve Bróculo Romanesco




E se plantássemos esta couve?

Não sei ao que sabe, mas hoje comprei um exemplar para experimentar! Ainda estou à procura da melhor receita, mas aceito sugestões!

Vai uma tremoçada em Junho?




Ontem ao passear por Lisboa, como quem vem de Santos para o Cais do Sodré
(Rua D.Luís I), parei numa loja tradicional que vendia sementes, depois de meia hora de conversa encantei-me com os tremoços, e se S. Pedro ajudar amanhã lá os iremos plantar.

Da meia hora de conversa fiquei a saber que: São uma planta óptima para evitar que cresçam ervas daninhas (bem precisamos!)...Mas "cuidado menina!" são muitíssimo tóxicos se não forem tratados (quem diria!)

Susana

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Como fazer uma horta portátil?



Um dos microshops do Evento Fermento: Cidades em Crescimento que nos chamou a atenção, foi uma sessão dinamizada pela Associação para a Valorização Ambiental da Alta de Lisboa, que ensinava todos os participantes a construir hortas portáteis! Não só tivemos oportunidade de nos dividir em grupos para construir uma horta portátil como pudemos perceber as vantagens de ter uma horta portátil de estimação. A AVAAL tem como objectivo da sua acção dinamizar e promover a construção de hortas portáteis entre os habitantes da Alta de Lisboa.

Antes de explicar como fazer uma horta portátil, será útil perceber as vantagens de tal coisa. Imaginem que querem ter um pequeno reservatório de ervas de cheiro em casa, para dar sabor aos cozinhados que, não variando se podem tornar repetitivos e cinzentões. Se essa mini-horta estiver sempre no mesmo sítio, pode ser complicado dar-lhe a exposição solar necessária! Com uma horta portátil podem facilmente mover as vossas ervas de cheiro de um lado para o outro da casa, aproveitando a luz da manhã e da tarde. Uma outra utilidade pode ser o controlo e combate de pragas. Sabendo que certas ervas de cheiro podem atrair ou afastar pragas indesejáveis, será útil ter sempre um batalhão de hortas portáteis à mão na nossa horta ao ar livre, assim podemos mover os nossos batalhões para as zonas mais afectadas, controlando melhor a acção das pragas e mantendo as nossas couves e alfaces saudáveis, uma espécie de xadrez orgânico! Falo de ervas de cheiro mas é possível plantar alfaces e couves, por exemplo, ou mesmo até morangos. De resto, rosmaninho, cebolinho, manjericão, salsa, coentros, sálvia, hortelã, menta, caril, etc. etc!

De que material precisamos para fazer, por exemplo, uma horta portátil de cheiros? Pouca coisa:

- Um vaso de cerâmica ou, melhor, um balde de tinta sem vestígios de tinta, porque tem pega para transportar, com buracos no fundo (não convém usar plástico, porque o plástico acaba sempre por afectar a qualidade da terra a curto / médio prazo;

- Um prato ou base para meter a horta portátil em cima;

- Terra biológica, sem aditivos (o suficiente para encher o recipiente, já se começa a encontrar em muitos viveiros por esse país fora);

- Algum material drenante (tijolos, gravilha, pedras pequenas, pedaços de telhas ou até cartão! Em qualquer dos casos os pedaços deverão ter no máximo uns 4 cms de largura diâmetro, para não caírem pelo fundo do vaso);

- Os pés que se pretende plantar (gostas de fazer assados e massas? Rosmaninho, cebolinho, alecrim e mangericão, por exemplo).

Como fazer?

- Antes demais, estender um plástico no local onde vão estar a preparar a horta, porque é um trabalho que suja bastante...

- Colocar o material drenante no fundo do recipiente (se comprarem um vaso de cerâmica, ele deve vir previamente furado - Se usarem uma lata de tinta terão de furar o fundo em vários locais, isto serve para garantir que a água da rega não se acumula no fundo do recipiente, começando aí a apodrecer comprometendo a qualidade da terra e estragando a horta). O material drenante deve preencher o fundo do recipiente e criar uma camada que ajuda a escoar a água, que sairá pelos buracos do fundo. Ou seja, o objectivo é que a rega sirva para humedecer a terra, não para a afogar!

- De seguida pode-se colocar logo terra, até ocupar dois terços da altura do recipiente. Não encham logo até cima, porque senão é mais difícil dispor as plantas como acharem melhor. O aspecto da vossa horta deve ser este:




- Depois disponham as plantas como quiserem, todas juntas ou separadas. Podem até criar padrões ou fazer jogos com relevo, deixando as ervas maiores ao centro e as mais baixas no rebordo, fazendo uma espécie de pirâmide.

- Depois de colocados os pés, encher o resto do recipiente com terra até preencher o espaço que sobrou! e...

... já está! Simples e rápido. Uma nota apenas: com o passar do tempo e com as regas consecutivas, a terra tornar-se-á mais compacta e irá assentando. Nessa situação deverão colocar mais terra. Podem também ajudar a vossa horta colocando composto orgânico ou fertilizante orgânico. No caso deste segundo, o elevado preço não justifica os resultados, conseguem-se resultados esplêndidos de maneira perfeitamente natural! Devem regar a vossa horta com regularidade, de forma a que a terra esteja sempre húmida.

As possibilidades são imensas, há até quem já tenha cultivado cogumelos silvestres em despensas escuras... Saboroso, não?

Miguel Paisana

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Hortas Urbanas em Portugal

2 de Novembro | 15H30-18H00

Museu da Ciência, Coimbra


Experiências a partir do chão urbano

O tema da Agricultura Urbana tem vindo a surgir em diversos contextos, sejam a sustentabilidade ambiental, a segurança alimentar, o desenvolvimento de economias solidárias ou ainda a integração social e urbanística. O objectivo deste colóquio é contribuir para o conhecimento alargado do fenómeno das hortas urbanas em Portugal enfatizando dimensões históricas, localizações e relações sócio-culturais.

O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e o CES (Centro de Estudos Sociais da UC) apresentam este o tema a partir de um debate que inclui a sociedade civil, representada por uma associação de moradores promotora das agriculturas urbanas em Lisboa, a administração pública municipal a partir do caso emblemático das hortas comunitárias do Bairro do Ingote em Coimbra, e a comunidade científica, representada pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.


PROGRAMA

15H00 | 15H30
ECOLOGIA CÍVICA E AGRICULTURA URBANA. O CASO DA ALTA DE LISBOA
Jorge Cancela, Coordenador da AVAAL – Associação de Valorização Ambiental da Alta de Lisboa

15H30 | 16H00
O CASO DAS HORTAS COMUNITÁRIAS DE COIMBRA: O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS NA PROMOÇÃO DA AGRICULTURA NO QUOTIDIANO DA CIDADE
Francisco Queirós
, Vereador da Habitação da Câmara Municipal de Coimbra

16H00 | 16H30
HORTAS (PERI) URBANAS EM PORTUGAL: PERGUNTAS, DESAFIOS E CENÁRIOS POSSÍVEIS. RUMO A CONSTRUÇÃO DE UMA REDE DE EXPERIÊNCIAS?

Giovanni Allegretti e Juliana Torquato Luiz, CES

16H30
DEBATE ENTRE O PÚBLICO E OS ORADORES

MAIS INFORMAÇÕES
Entrada gratuita
Inscrição obrigatória - enviar email para:
geral@museudaciencia.org

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Couves para Todos na Revista Visão (14/10/2010)


in Revista Visão, 14 de Outubro de 2010, ed. especial ecologia
Reportagem de Vânia Maia

*(clique e zoom in para ler bem)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Fermento e... a Horta em crescimento!


Com a chegada do Outono, a Horta Comunitária de Monte Abraão começa a ganhar uma nova dinâmica e a voltar rapidamente ao activo, não só no que à agricultura biológica diz respeito mas, também, na forma de contactos, experiências e, sobretudo novos amigos e amigas!

Fomos convidados pela Fundação Aga Khan a participar num evento chamado Fermento: Comunidades em Crescimento, iniciativa organizada por esta fundação em parceria com a TESE, que decorreu nos dias 15 e 16 de Outubro. Foi uma oportunidade única para partilharmos o nosso projecto com muitas pessoas e para ficarmos a conhecer outros tantos projectos que, como o Couves para Todos, primam pela sua simplicidade e pelo seu carácter inclusivo. Uma das principais conclusões? A inclusão promove-se através da junção de interesses e vontade em iniciativas simples com resultados complexos e ricos em diversidade e proactividade.

O primeiro dia do Fermento esteve reservado à organização de visitas, por inscrição, a diversos projectos de intervenção social na área de Lisboa. A Horta Comunitária de Monte Abraão teve o prazer de receber um grupo de sete pessoas, todas elas com proveniências distintas. O objectivo? Dar-mos a conhecer o nosso projecto, não em tom afirmativo, mas na forma de perguntas, discussão e desafios que enfrentamos. Vivendo nós num mundo tão complexo, estamos esquecidos de como é simples fazer coisas por livre e espontânea vontade, e foi isso que nós tentámos transmitir aos nossos visitantes. Falámos de couves e do Bairro 1º de Maio, de rabanetes e dos nossos vizinhos, de ervas de cheiro e de como nos organizamos semanalmente para criar um espaço onde possamos estar. Criticamos as cidades onde vivemos, mas oferecemos uma hipótese, na intermitência das nossas deslocações diárias existe um espaço de 100 metros quadrados onde podemos Estar e, melhor, Estar todos juntos, ao mesmo tempo. A Horta biológica é o objectivo mas tornou-se, percebemos nós agora, a desculpa para nos sentirmos bem num sítio, e para estarmos todos juntos. Por entre apresentações, conhecimentos, ideias e sugestões, muito se falou de agricultura enquanto forma de promover a inclusão, enquanto forma de satisfazer as necessidades de toda a gente, seja do que precisa de cultivar para comer, do que precisa de um espaço para conviver, do que precisa de desanuviar ou até do que apenas precisa de ver um pouco de verde no seu dia-a-dia. A conversa prolongou-se por cerca de hora e meia, até que o frio do Outono lá nos expulsou. Creio que todos se foram embora com algum optimismo e, sobretudo, com vontade de estar no dia seguinte no Centro Ismail de Lisboa, para uma jornada rica em pessoas, contactos, e outros projectos cheios de simplicidade mas também genialidade.

No segundo dia, dia 16, a Horta reuniu uma comitiva generosa e diversificada para marcar presença no Centro Ismail. O programa era tão rico e diverso, entre microshops diversos, sessões de trabalho e convívio, que percebemos que o melhor seria mesmo dividir-nos e ir cada um a uma coisa diferente, de forma a que no final pudéssemos ter um apanhado de tudo o que se anda a fazer por aí. De manhã, participámos em sessões de trabalho com vários temas: criatividade, redes, inteligência emocional, etc. À tarde, foram os microshops de vários projectos, houve de tudo, prédios falantes, associações que juntam pais, alunos e professores, jovens com super-poderes, grupos de sensibilização para as dificuldades diárias de pessoas com mobilidade reduzida, hortas portáteis, enfim, uma série de coisas que nos chamaram a atenção de diversas formas, sobretudo porque são problemas latentes das comunidades, que estão a começar a ser solucionados por pessoas que viram no colectivo uma solução possível. Respirava-se no Centro Ismail um ar cheio de proactividade e vontade de actuar, inovar, de não deixar nada como está. Pessoas normais, como tu e como eu, a ir para algum lado por carreiros diferentes mas com um sentido comum.

No final deste dia as mensagens a reter eram muitas, muitos números de telefone trocados, muitas referências a blogs, sites, eventos, workshops futuros, entre outras partilhas. A vontade é de que para o ano haja mais, que isto não fique por aqui.

Há muito mais para contar mas mais não vos conto. Se quiserem saber mais terão que nos encontrar a todos no sítio de sempre: Domingos, das 9h30 às 13h00 na Horta Comunitária do Monte Abraão! Resta-me deixar, em nome do Couves para Todos, um grande obrigado à Zara Merali, da Aga Khan, por nos ter procurado, convidado, ajudado e, também, pelo reconhecimento do valor do nosso projecto! Aproveito também para dar as boas vindas a uma nova colaboradora, a Susana Branco, que chegou cheia de vontade desenhar coisas cá pelo Monte Abraão e por esse mundo fora!

Miguel Paisana

(a coluna de links do Couves será actualizada brevemente!)




segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Descobre o Permacultura Portugal

É o espaço internético obrigatório para todos os que procuram ou se interessam por formas de vida mais simples, mais sustentáveis, mais felizes e em comunhão com a natureza.

Permacultura Portugal é uma rede social que promove o movimento de transição e a permacultura no nosso pais.

É como um pequeno facebook, onde mais de 1300 membros (um número sempre a crescer!) podem interagir, procurar e partilhar informação sobre as pequenas grandes mudanças que estão por aí a acontecer.

Estão lá quase todos os projectos relacionados com permacultura e sustentabilidade pelo país fora.

Na secção “eventos”, ficas a par da quantidade incrível de encontros, cursos, workshops, e conferências, sobre temas como a permacultura, agricultura biológica, construção com materiais naturais, ecologia ou a vida em comunidade.

Se os temas te interessam ou simplesmente provocam a tua curiosidade, cria a tua conta junta-te à comunidade!

Francisco

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O Rosmaninho




Também conhecido por alecrim, o rosmaninho é uma planta comum no nosso país.

Considerado um arbusto, as folhas são pequenas e finas, a flôr é roxa e o aroma é intenso e agradável.

Na natureza chega a atingir 1,8 m, mas se for plantado num vaso, o seu crescimento é menor. Como é uma planta mediterrânica, resiste bem o clima quente e seco do verão e invernos pouco chuvosos. Quando é jovem, deve ser regada de 15 em 15 dias, depois disso já não necessita de rega.

Na culinária, pode ser usado como mel de rosmaninho e como condimento para a manteiga. Outras aplicações incluem a utilização desta planta como repelente de traças e outros bichos, talvez por isso é comum colocá-la em saquinhos junto à roupa.

As suas propriedades antibacterianas conferem-lhe propriedades medicinais. Também é recomendável para combater febres intermitentes, febre tifóide e digestão lenta. A infusão de alecrim é benéfica também a nível cognitivo, estimulando a memória.

Desde a sua antiguidade, é queimado como incenso em templos e igrejas.


A horta comunitária do monte abraão possui um exemplar recente, com cerca de 50cm de altura.


Ana Raquel e Joana

quinta-feira, 8 de julho de 2010

FESTA NA HORTA DO MONTE! VEM REFRESCAR IDEAS CONNOSCO!



JUNTA-TE A NÓS no próximo dia 18 de Julho, domingo, a partir das 15:30, para troca de ideias para o 3º ano da HOCMA. Haverá:
conversa sobre agricultura urbana biológica,uma sessão muito divertida de trabalho colectivo,boa música,e lanche partilhado!

Traz uma merenda para partilha, e VEM PASSAR UMA BOA TARDE DE CONVÍVIO COM O COUVES PARA TODOS!
SÃO TODOS BEM-VINDOS!TRAZ IDEIAS, ALEGRIA, BOA DISPOSIÇÃO E AMIGOS!

O COUVES PARA TODOS CONTA COM A VOSSA PRESENÇA E CARINHO.APAREÇAM!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Entrevista à Horta Comunitária do Monte Abraão

As respostas que demos a uma jornalista que nos contactou por e-mail

Há quanto tempo existe o projecto?
Estamos agora a comemorar os 2 anos da horta (começou em Junho de 2008).

Quantas pessoas estão envolvidas no projecto?
Há cerca de cinco jovens que constituem o “núcleo duro”, pondo as mãos na terra regularmente, mas várias dezenas de pessoas têm passado pela horta e dado o seu contributo.

Que motivações têm as pessoas que procuram ter a “sua” horta?
Primeiro, mais do que “sua”, esta horta é uma horta de todos os que lá participam. Por isso há a motivação de fazer algo em grupo, de conviver e passar alegremente o tempo. Depois há a grande motivação de voltar a ter o contacto com a terra, que se perdeu nas cidades. Há um movimento enorme de pessoas, cada vez maior, que procura dar mais sentido à sua vida voltando-se para a natureza. E com uma simples horta pode-se conhecer todo o ciclo da natureza: como se cultivam os alimentos que chegam ao nosso prato, e como o lixo que fazemos se pode decompor e voltar à terra para a fertilizar. Também é uma motivação o podermos ter alimentos de qualidade, que sabemos de onde vêm (sabemos, por exemplo, que não contêm químicos perigosos, que não vêm de sítios distantes, que não envolvem a exploração de agricultores nem a acumulação de riqueza de um grande produtor ou de uma grande empresa de distribuição, etc.). Ganhamos mesmo algum carinho pelos alimentos depois neles colocarmos alguma energia, e assim melhoramos a nossa relação com aquilo que comemos, tornando-a mais saudável e consciente.

Que benefícios trazem para as cidades estes espaços?
Apenas alguns exemplos: Alimentos mais perto de casa, que não têm de viajar quilómetros e quilómetros nem esperar muitos dias para ser consumidos, repletos de produtos químicos que os fazem parecer mais frescos. Uma actividade relaxante e com significado, no meio do tanto stress e do entretenimento “fast-food” das cidades. Alívio para o orçamento que as pessoas têm de dedicar à alimentação. Contributo para a beleza natural e para o desenvolvimento da biodiversidade (com uma simples horta surgem os caracóis, as joaninhas, as borboletas, os pássaros, etc.), por entre o cinzento e a poluição da cidade. Espaço de convívio e aprendizagem mútua. Exercício físico com alguma utilidade, ao contrário daquele que se faz dentro das paredes de um ginásio. Manutenção de solos de qualidade para absorver água em caso de cheias.

Que tipo de terrenos têm sido ocupados com estas hortas?
Terrenos que, por desleixe, por incompetência, por ganância (a especulação imobiliária), ou por qualquer outra razão, vão sendo deixados abandonados e inutilizados, para os quais as pessoas encontram felizmente uma utilidade.

Em tempo da tão falada crise, estes espaços podem ser uma boa resposta para as famílias?
Sem dúvida que podem ser um bom contributo para as famílias. Ajudam a levar alguma comida de qualidade para casa, reduzindo as despesas com alimentação, mas também podem ajudar as pessoas a olhar para as coisas simples e perceber a inutilidade do consumismo dos nossos dias. E, do que temos visto, as couves continuam a crescer bem e sem se queixarem, com crise ou sem crise.

Quem tiver interesse em ter um espaço onde se pode informar?
Existem algumas câmaras (Porto, Seixal, Coimbra, por exemplo) com programas de hortas na cidade, mas que por vezes são muito burocráticos. O nosso conselho é que tentem falar com a respectiva câmara municial ou junta de freguesia para apresentarem a ideia e saberem da possibilidade de utilizar um dos terrenos que estas entidades tantas vezes têm abandonados. E se não houver receptividade, simplesmente olhem à vossa volta, procurem um espaço livre, juntem pessoas e comecem a horta. A internet tem muita informação sobre agricultura biológica. O clássico “Borda d’Água” também pode ser uma ajuda importante. E porque não consultar os familiares ou amigos que trabalham ou trabalharam no campo? Mas o melhor, claro, é aprender fazendo!

sábado, 6 de março de 2010

Clicar aqui (para começar bem o fim-de-semana)

Beijinhos a todas e todos!

Como o prometido é devido: a linhaça!

É considerada um alimento funcional, uma vez que contém, além dos seus nutrientes básicos (hidratos de carbono, proteínas, gorduras e fibras), elementos que podem diminuir o risco de algumas doenças. O seu uso contínuo pode proporcionar o aumento da defesa orgânica e uma redução do ritmo do envelhecimento celular.

Na composição da semente de linhaça estão presentes proteínas, fibras alimentares e ácidos graxos poliinsaturados (Ómega 3 e Ómega 6), que lhe conferem a propriedade de alimento funcional. A semente de linhaça é a mais rica fonte de Ómega 3 existente na natureza.
-- Controlo de peso
-- Auxílio no combate a anemia
-- Auxílio no combate ao cancro: de mama, de próstata, de colon, de pulmão
-- Auxílio no combate ao acne
-- Auxílio no controlo de diabetes
-- O consumo regular de linhaça favorece o controle dos níveis de açúcar no sangue

Ajuda a controlar:

-- Sistema Digestivo
-- Sistema Nervoso
-- Doenças Inflamatórias
-- Retenção de Líquidos
-- Sistema Imunológico
-- Sistema Cardiovascular
-- Funcionamento Intestinal
-- Para combater a agressividade e a obesidade
-- Condições da Pele e do Cabelo

Composição nutricional de 15 g da Semente de Linhaça:

Carboidratos 1 g

Proteínas 2 g

Gorduras totais 3 g

Gorduras Saturadas 0 g

A semente de linhaça moída trás mais benefícios nutricionais que a semente inteira, que possui uma casca dura, difícil de digerir (uma forma fácil partir as sementes é passá-las em numa liquidificadora). Depois, guarde a linhaça ralada dentro de um recipiente fechado e num local seco.
As sementes podem ser utilizadas em iogurtes, saladas, sumos, vitaminas, misturada de cereais, massas de pão e bolo e em todos os outros alimentos. Também pode substituir o óleo ou gordura utilizada em uma receita (por exemplo, se uma receita pedir 1/3 chávena (chá) de óleo, use 1 colher (sopa) de semente de linhaça moída, em substituição).

Modos de Usar:
Duas colheres de sopa por dia, batidas na liquidificadora ou não, misturadas num copo de sumo de fruta, ou sobre a fruta, com aveia ou outros cereais, ou ainda com iogurte. Podem tomar linhaça pessoas de todas as idades, inclusive mulheres grávidas.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

domingo, 31 de janeiro de 2010

Fruto da semana... o diospiro!


O diospiro é o fruto das árvores do género Diospyros e é originário da China. O seu cultivo é mais propício em zonas temperadas. A coloração pode apresentar-se desde amarelo-alaranjado até um laranja escuro. Dependendo da espécie, o seu tamanho varia entre 1,5 e 9 cm de diâmetro. Normalmente, o caule e o cálice do diospiro formam uma espécie de capuz e permanecem acoplados ao fruto depois da colheita, sendo facilmente removidos quando o fruto amadurece.

Habitualmente, o diospiro tem um elevado conteúdo de taninos, o que faz com que os frutos não amadurecidos sejam adstringentes e com sabor amargo. Ainda assim, existem variedades com baixos teores de taninos, denominados não - adstringentes.

Informação nutricional

O diospiro é constituído principalmente por água, tal como a maioria das frutas. É rico em hidratos de carbono, sobretudo frutose, o que determina o seu valor energético moderado e o sabor doce. Tem quantidades moderadas de fibra solúvel, denominada pectina, de carotenos (pro-vitamina A) e de potássio.

Vantagens e desvantagens

Devido ao seu elevado teor de hidratos de carbono, principalmente daqueles com absorção rápida, o consumo de diospiro deverá ser moderado pelo aporte energético e pelas alterações de glicemia (nível de açúcar no sangue) que podem provocar.

Quando a pectina, uma fibra solúvel encontrada nas frutas, chega ao intestino sofre um processo de fermentação que liberta ácidos gordos de cadeia curta. Estes são responsáveis pelos efeitos benéficos para a saúde, nomeadamente no controlo da glicemia e dos níveis de colesterol no sangue, ajuda no processo inflamatório na parede do intestino e promove uma flora intestinal mais saudável.

O potássio é importante para a tensão arterial, para o equilíbrio dos fluídos do corpo e para a contracção muscular. Tem um leve efeito diurético pelo seu conteúdo em água e potássio, que poderá ser benéfico no caso de gota e hipertensão arterial ou em caso de perdas excessivas de potássio, como durante a utilização de diuréticos. É desaconselhado em casos de insuficiência renal, visto que nesta condição o consumo de potássio é restrito.

Os carotenos são transformados em vitamina A depois de absorvidos pelo organismo. A vitamina A é um componente dos pigmentos visuais responsáveis pela recepção de luz na retina dos olhos. Além disso, é importante para uma pele saudável, no crescimento, desenvolvimento ósseo e para a reprodução.

Como comprar e conservar

Escolha diospiros que ainda conservem o pedúnculo e o cálice. Manipule com cuidado porque tem uma pele muito sensível a danos físicos. Poderá optar por comprar o fruto ainda duro e deixar amadurecer em casa, visto que o processo de amadurecimento é rápido e pode ainda ser acelerado se for colocado junto de outras frutas, como a banana. Evite os danos na pele e o amadurecimento excessivo porque nessa altura a pele tende a quebrar-se e poderão desenvolver-se assim bolores na superfície.


Receita: Bolo de Diospiro

Ingredientes
- 1 gema
- 250 gr açúcar
- 2 colheres de sopa de manteiga (derretida e arrefecida)
- +- 4 diospiros
- 1 colher de chá de canela
- raspa de meia laranja grande
- raspa de meio limão grande
- 1/4 colher de chá de sal
- 300 gr farinha
- 2 colheres de chá de fermento
- 1/2 chávena de nozes partidas
- 1 clara

Preparação
Bater a gema e adicionar progressivamente todos os ingredientes incluídos na primeira parte
da lista. Quando a massa estiver homogénea, misturar a farinha e o fermento. Finalmente introduzir as nozes. Juntar esta massa à clara batida em castelo bem firme e envolver com uma colher de pau. Levar a cozer em forno médio, em forma untada e polvilhada com farinha, +- 1 h.

(informação encontrada na internet)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A Batata


A Batata (Solanum tuberosum) é um tubérculo perene pertencente à família da Solanaceae.

É é originária do Peru
e é cultivada há mais de 7000 anos. É um dos vegeitas mais utilizados no mundo e é a terceira cultura mais importante como fonte de alimento, sendo apenas superada pelo arroz e pelo trigo. Cultivam-se actualmente milhares de variedades de batata.

A batata chegou à Europa no século XVI por duas vias diferentes: por Espanha, em 1573 e pela Inglaterra, em 1590, sendo nessa altura utilizada sobretudo como uma Planta Ornamental. Em Portugal as primeiras referências à batata surgem apenas em 1789

As batatas têm grande importância na culinária. Podem ser consumidas fritas, assadas, ensopadas, cruas ou cozidas.
São muitas vezes consumidas quentes, como acompanhamento da refeição principal, ou frias, como parte de saladas
. Podem também ser comidas recheadas ou em puré. A batata frita em tiras curtas e muito finas, chamada batata palha, é muito usada em acompanhamentos a pratos diversos.

Rica em hidratos de carbono, a batata é grande fonte de energia. Contém também sais minerais, vitamina C e, em pequenas quantidades, vitaminas do Complexo B.
Estes nutrientes podem perder-se durante a cozedura. Para evitar isto podem ser cozidas com casca e sem serem cortadas.

Quando cortadas e descascadas devem ser cozidas em pouca água, que deve depois ser aproveitada, por exemplo, em sopas.

A batata crua acaba com dores de estômago e problemas do intestino. Quando crua e ralada, combate infecções, picadas de insectos e quaisquer irritações da pele. Rodelas de batata crua sobre a testa ajudam a eliminar dores de cabeça.

As batatas esverdeadas e as que estão em germinação nunca devem ser consumidas, pois produzem intoxicações que se manifestam através de cólicas e gastrites.

O período de colheita vai de Janeiro a Junho.

Salada de Batata

Ingredientes:
700 g de batatas;
2 cenouras;
2 ovos;
sumo de limão;
sal e pimenta a gosto;
2 dentes de alho picado;
salsa picada a gosto;
maionese a gosto.

Preparação:

Cozinhe as batatas já descascadas e cortadas em
pedaços juntamente com as cenouras (também já cortadas) e os ovos.
Quando a batata estiver cozida, escorra bem e misture imediatamente com os demais ingredientes.
A salada deve ser temperada ainda quente.
Coloque no frigorífico até servir.



Como dizer batata noutras línguas

Potato - inglês

Patata - espanhol

Pomme de terre - francês

Kartoffel - alemão

Potatis -sueco

Brambor - checo

Ziemniacznej - polaco

domingo, 3 de janeiro de 2010

E ainda mais uma:


Para que todos nos possam acompanhar:





O primeiro legume do ano, hoje no Couves Para Todos!








Originária do leste do mediterrâneo é utilizada na alimentação humana desde 500 aC.

Da família das compostas, as alfaces são cultivadas sobretudo três tipos a “longifólia”ou (alface romana (1) a “Crispa”ou (alface crespa(2) e a “capitata” ou (alface repolhuda(3) também chamada de americana, donde derivam as muitas variedades que encontramos no mercado como por exemplo: (a roxa (4) a (maravilha das 4 estações), para cultivar no Inverno, (rainha de Maio) cultura na Primavera (repolhuda de Lisboa) para a cultura do Verão; existem ainda a Alemã frisada ou a (gigante de Portugal)

Qualquer das variedades é rica em vitaminas A e C, sais minerais, tais como: cálcio, fósforo e ferro.

Por possuírem pouquíssimas calorias (15 calorias por 100 gramas), esta verdura pode ser consumida à vontade.

A sua ingestão tem a propriedade de desintoxicar o fígado, as cataplasmas quentes de alface, são indicadas para o tratamento de inchaços e inflamações.

Na alimentação usa-se em saladas, simples ou mistas, sopas.

Receita:

Creme de alface (não vegetariano)

Ingredientes:

  • 1 Lt de caldo de carne sem gordura
  • 1 pé de alface lisa em tiras
  • 1 caneca (chá) de tomate sem pele, sem sementes
  • 1 cebola picada
  • quanto baste de pimenta
  • 1 folha de louro
  • quanto baste de sal

Preparação:

Leve ao fogo o caldo e os temperos. Deixe cozinhar por 20 minutos. Acrescente a alface e cozinhe por 3 minutos.
Se quiser, pode bater no liquidificador antes de servir.
Sirva com torradas.

p.s.1 - um outro especial obrigado à Susete, por mais uma colaboração com o blog. Desta vez, com um vegetal muito especial: a alface!

p.s.2 - A equipa Couves Para Todos! deseja um óptimo ano aos seus leitores e seguidores, e aos seus amigos e familiares. Muita saúde, amor e uma alimentação equilibrada! E muitas visitas à nossa horta, aos domingos a partir das 10h, para conversar, trabalhar, ajudar, ou simplesmente levar algo para uma deliciosa sopa!

Bem haja.